1.
As consequências da sexualidade nos jovens
A
sexualidade pode ter repercussões positivas, tais como um melhor conhecimento
próprio, uma consolidação da personalidade, um aumento na auto estima e o
desenvolvimento de uma relação muito significativa com outro ser humano.
No
entanto, se não existir uma consciência dos devidos riscos e consequências
negativas que podem advir desta prática, a sexualidade passa de potencialmente
positiva a prejudicial para a vida dos jovens.
Estes
riscos consistem numa gravidez indesejada, na contração de DST, e em profundos
abalos e danos emocionais em personalidades que ainda se encontram em formação.
Este último é abordado ao longo de todo o projeto, pelo que nesta fase iremos
focar-nos nos primeiros dois.
Esta, apesar de não ser a
única consequência negativa, é a que leva mais adolescentes a utilizarem
métodos contracetivos. Isto deve-se ao facto de uma gravidez na adolescência
ter o poder de abalar completamente a vida dos jovens, pelo medo de serem
descobertos pelos pais, pela impossibilidade de esconder uma gravidez que é
levada até ao fim do tempo de gestação, e por interferir com outra vida humana.
Assim, engravidar é habitualmente o maior receio dos jovens sexualmente ativos.
De
facto, uma gravidez adolescente pode ter efeitos extremamente prejudiciais tanto
para os adolescentes que nela se veem envolvidos como para a criança recém-nascida
pois isto iria consistir em pessoas que por si só não são independentes a serem
responsáveis por outra vida, esta sim inteiramente dependente. Assim,
exagerando um pouco o assunto, quase que é possível afirmar que certas
gravidezes adolescentes culminam em “crianças a tomar conta de outras
crianças”.
As DST
decorrentes da prática sexual são deveras preocupantes pois comprometem a saúde
dos jovens e põem em risco o bem-estar e mesmo a vida dos mesmos, tudo isto
quando estas doenças são facilmente evitadas.
Hoje em
dia é possível não contrair DST mesmo sem recorrer à abstinência através de
métodos contracetivos que resultam também na prevenção de gravidezes
indesejadas.
Existem
inúmeros métodos tais como o preservativo masculino e feminino, os espermicidas,
o diafragma, o Dispositivo Intra Uterino (DIU), a pílula e outros que servem de
contraceção, alguns mais adequados aos adolescentes que outros, como é o caso
do preservativo masculino e pílula. Estes métodos são também os mais eficazes
(principalmente o preservativo) e os de mais fácil acesso, pelo que deveriam
ser um assunto importante em possíveis aulas de educação sexual.
A
contraceção adequada previne o contágio de vários tipos de doenças que têm como
agentes: bactérias, fungos, vírus, protozoários e ectoparasitas. Estes agentes
são responsáveis pelas DST, algumas mais conhecidas como a sífilis, clamídia,
gonorreia, SIDA (a manifestação do VIH), herpes, hepatites, entre muitos
outros.
Desta
forma consideramos que é simplesmente fundamental que seja feita uma educação
educada sobre doenças sexualmente transmissíveis, assim como sobre a maneira de
as evitar.
Desta forma, é necessário que se elimine totalmente a noção de “essas coisas só acontecem aos outros” que ainda prevalece em muitas esferas da sociedade mas que assume significados preocupantes no campo da saúde
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